A VARANDA DO MEU OLHAR

A VARANDA DO MEU OLHAR

Da varanda do meu olhar...

Almejo a noite, minha esperança

por ti perder-me no esperar...

.

Ás vezes penso ter tempo para tudo

na vida

E ao acordar sinto que a vida me passa

ao lado.

.

Como posso eu dormir se te amo,

se quero eternizar todos os nossos

momentos mais íntimos

Se estou por ti apaixonada até às mais

ínfimas profundezas do meu ser.

.

Vá, diz-me? Como posso eu deixar

o tempo a passar

sem que nada faça para o tempo,

o nosso tempo... Compensar.

.

E, nas vielas da minha alma

vai-me uma infinita angústia

que me devora as entranhas

amordaçadas por um tempo de espera

que lentamente me vai conduzindo

à loucura.

.

Da varanda do meu olhar, sinto-me

enferma, acamada

presa à vida.

A vida: que como todo tempo,

te passou ao lado

suave e despercebida

e já não tens mais tempo

nem mais vida

Sobra-te um instante, um só momento

entre a chegada e a partida.

.

A distância e o tempo, suavizaram

a paixão.

E o belo sempre fora mais simples

confuso, será amar-te sem te sentir

no coração.

.

E no tempo: no tempo ninguém manda

nem no coração.

E a vida: a vida sempre será um eterno

regresso a casa.

.

Da varanda do meu olhar...

Almejo a noite, minha esperança

de te poder sentir, abraçar

como dantes fora eu uma criança

na ânsia do meu desejar.

.

(Juntei palavras soltas de poetas desconhecidos)

Maria Tecina

Maria Tecina
Enviado por Maria Tecina em 22/12/2018
Reeditado em 24/02/2019
Código do texto: T6532840
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