PREJULGAR
Não sei se pela própria natureza
Ou se pela falta de destreza
O velho hábito de olhar e julgar,
Mas o pior, é o ato de condenar.
O prisma errônio nos cega
E nos entrega algo distorcido
Às vezes, tornando alguém querido
Em persona non grata.
Eis o perigo de interpretar as entrelinhas
E provocar grandes picuinhas.
Não podemos brincar de ser Deus
Que mesmo quando julgar os seus
Usará do bom senso da justiça.
Sejamos ponderados e da prudência aliados.
A "foice" com que ferimos...
Tão amolada quanto os "dentes ferinos"
Usados nas "mordidas" em nossas vítimas.
Muitas vezes o que parece ser, não é...
Nesse caso, é preciso dar uma de São Tomé,
Ver de perto pra não colocar debaixo do pé.
Louvável é reconhecer a injustiça
E mesmo depois do "leite derramado"
Oferecer um "punhado" de amor.
Usar da palavra DESCULPA,
Assumir a própria culpa
E se redimir.
Grande gesto de humildade
Que engrandece a cristandade
Que vive escondida em você.
A correção do erro
Tão carregada de emoção
Terá certamente como resultado
Um gigante e necessário perdão.