Meu Anjo de Guarda
Meu Anjo de Guarda
Marilda de Almeida
Anjos vagam pela noite
Num céu azul anil
Numa noite estreladas de verão
E eu sozinha e solitária
Com o choro abafado pelos sons
dos carros que passam por mim.
Meu corpo parece uma metamorfose
Parece que eu envelheço a cada minuto
Os sonhos viajam muito rápido, não
consigo assimilar nenhum deles, para
ter tempo de persiguí-los.
Me cortam como o fio de navalhas
A minha dor só aumentava, já não
mais sentia o meu pisar, só sentia o
reflexo dos faróis sobre meu corpo.
E os anjos aqueles que nos protegem
por onde andam? Será que eram eles
que vagam sobre mim, a espiar-me
sobre a minha solidão?
Quando não mais aguentava caminhar,
sentei no meio fio para esperar...
E senti uma leve brisa tocando meu rosto
me dando forças, energias, um frescor na
alma e me pondo de pé, só podia ser ele
o meu anjo de guarda me sacudindo para a vida.
Para quebrar os elos dessa corrente que me
prendia e seguir em frente, lutar pela vida
com a razão e menos com o coração
Nessa nova vida, só eu tenho a ganhar,
pois minha alma não vai ser devassada por qualquer sonho invisível, estarei atenta
a realidade dura e cruel, mais estarei vivendo
com a sua proteção Senhor e o meu anjo de
guarda estará sempre a me guiar.
Marilda.
27/12/2006