Daqui a mil anos
Daqui a mil anos
Plantei uma árvore de ancestrais milenares.
Um jequitibá rosa
Vejo-a crescer nos meus sonhos
Imagino-a daqui a mil anos
Uma jovem árvore
Altiva, olhando as estrelas.
Terá vivido apenas um terço de sua vida
Haverá pássaros ainda?
Borboletas? Vaga-lumes?
Sonho que sim.
As naves cruzarão o céu,
do que foi minha cidade
Uma trará talvez algum poeta
Que olhará a lua
através dos altos ramos?
e se encantará.
De alguma forma eu sei
Eu sei,
que estarei lá,
Em pleno corpo, em luz,
Como poeira de estrelas,
ou invisível na poesia,
do viajante do espaço.