Sonho realizado


 

E tudo seria tão simples,
Se a vida fosse uma poesia
que a gente rascunha,
apaga, refaz, enxuga as lágrimas,
esboça um sorriso.
Escrevemos novamente...


Paramos na estação que queremos.
Passeamos pelo pomar.
Vamos à fonte dos desejos,
damos uma volta no campo,
colhemos flores silvestres,
desejamos guardar as suas cores
e das borboletas...


Ah se a vida fosse essa eterna poesia,
que vive e morre quando desaparecemos

e somos esquecidos.


Depois das seis, você sente fome, se alimenta,

sente sede, toma água, se está com sono,

dorme sacia...
A gente sente vontade de amor, de amar
e sozinhos corremos só para ver o mar.


Decidi dar uma volta no meu passado, 
trouxe algumas coisas, não tinha como não.

Passei sete anos da minha vida

fugindo do meu passado... Não é assim.


- É tão bom quando descobrimos o que está errado,

e consertamos.
Um amor nunca desiste, e você percebe que o futuro

não é de verdade, a verdade é esta de agora...

Era um lugar seco, onde a noite parecia a mais escura,
dessas noites que só dá vontade de você se fechar

em seu mundo, mas, talvez não seja a hora de fechar-me

em meu mundo...


Tem olhos que ainda não se encontraram, 
tem palavras que ainda não foram ditas,
carinhos que nunca foram expressados,  lugares que

não foram explorados.


Ali, naquele lugar, não dava para lembrar a sensação

do primeiro beijo, e do medo de não dar certo. 

Lembramos dos sonhos que são desfeitos...
Sonhos desfeitos?
Como assim, se o homem foi feito para sonhar e realizar?
Resta-me seguir esse destino de sonhadora se for

só para sonhar.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/12/2018
Reeditado em 27/09/2024
Código do texto: T6520923
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