Arte de viver bem
Faz-se arte nas coisas mais simples, onde entornam sementes de inspiração e vicejam canteiros que a alma agriculta. São palavras fazendo amor a espécimes de poemas. Expressões imagéticas nas pinceladas emolduradas no ser. Canções latentes e serenas, no soprano e tenor, dos duetos em emoções. Formas artesanais, das mais variadas matérias. Palcos e plateias nas encenações dramáticas e cômicas. E um tanto mais, de tudo que se faz criar e arrancar risos, exclamações. O que sulca espanto e encanto no campo da observância e participação.
É preciso arte na vida, para fluir essências benfazejas. Como se fosse alquimia, transformar em ouro, as sobras das desilusões, para ter aprimoramento valioso após cada erro ou falta de compreensão do outro que nos faz sofrer. Que a arte, seja pura, nos traços e rabiscos das tentativas de se fazer o bem. Que seja mar em calmaria, para quando, navegarem os desejos de se amar. E que avistando praias de prazeres, se quebrem prontamente, as ondas de felicidade, em entraves de ousadias.
Vida plena em pedaços de tempos, onde as chaves da sabedoria servem para abrir conquistas e trancar tristezas. Há que se gire para o lado correto, no momento necessário. Como música composta em poesia aplaudida, ou como barro em vasos e estátuas transformados. Que seja válido o movimento em prol do amor próprio e da conquista do amor alheio. Nossos oceanos internos, desaguam no nascer e no por do sol de nossas esperanças de cada dia. Existem sonhos nos beirais dos olhos e da mente, saltando para a realidade do querer.