Coração artificial

Se seu coração for de papel, faça um barquinho e solte-o nas veias da sua emoção,

Se for de plástico, derreta-o e apague as labaredas com as lágrimas do passado,

Se for de pedra, vá a um lago bem profundo e jogue-o nas profundezas dos seus pré conceitos,

Se for feito de fios, dê curto circuito, exploda, provoque pane, deixe sair fumaça, mas nunca mais deixe a frieza secar o sangue da sua alma.

Repagine!

Reavalie!

Bombeie!

Faça respiração boca a boca no primeiro que ver se for preciso,

Mas encha este coração frio de sangue, de amor, de caridade, de compaixão...

As flores podem ser de plástico, mas o coração não...