PERGUNTAR: A RAZÃO DO VIVER (uma prosa 'versificada')

Perguntas... interrogações... dúvidas...

Do coração espaçoso e largo n’avidez por suas respostas...

E desta forma s'é!

Todavia, seria uma maldição?

Ou não seria, em verdade, uma bênção?

Das faces que s’atormentam em suas mil incertezas

(ou, quem sabe, em seu ceticismo?)

Oh, e como seria est’exílio se destarte assim não fosse?

Das milhões d’almas mortas que aqui passam... e nada indagam!

Ou se nele, pois ficam, por outros querem então suas repostas

Ah, quanta preguiça!

Ai, quão ridículas elas são!

Perguntar... questionar... querer-se saber... de tudo

Tudo... tudo... tudo...

Até o final de nossas vidas

E, também, de tudo se assombrar

Das lágrimas que se derramam em nossas faces

... diante de cada descoberta

Não, não existe nada mais humano!

E como seria a vida se soubéssemos todas as respostas?

Mas, quer saber então o que penso?

Tristes daqueles que sabem tudo... de tudo

Os sabichões da vida

(estes malditos fundamentalistas do mundo... que não sabem de nada!)

Não, não existe nada mais absurdo!

Verdade é que somos seres, no tempo, “perguntadores”

E eternos questionadores... do mundo... do tempo... da vida...

Melhor assim!

Até porque eis o que nos faz de fato... humanos

É o dinâmico jogo da Vida

Se soubéssemos de todas as respostas seríamos... Deus

E, portanto deixaríamos de ser, com certeza, humanos

E a vida aqui perderia toda a graça!

Ou alguém nest'instante teria ainda alguma dúvida?

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25 de novembro de 2018

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 25/11/2018
Reeditado em 26/11/2018
Código do texto: T6511502
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