Silêncio, silêncio e silêncio... e logo então a Palavra...
Onde não era só um terraço e suavemente música, conversas transbordando muros e lugares e estrelas pousando na pele (antes na areia entre o sussurro das ondas e o gemido distante do sonho perdido entre palavras afoitas)...
Tempos de sol e saudade no espaço aberto, nos quintais escondidos, nos bancos de praça e na biblioteca; tempos que acendiam a ferida e cicatrizavam a solidão, tempo da semente, tempo de se perder, tempo de diluir a falta na cerveja preta e beber o crepúsculo no encontro de rua e praia...
Onde não era luz e já era voz, já havia a montanha, a pressa, a distância, o olhar tecendo as asas e o voo germinando o silêncio imóvel entre galhos e antenas, entre coqueiros e pedras, entre a brisa nos prédios e os passos na sombra...
Silêncio, silêncio e silêncio... e logo então a Palavra...