REAL LIBERDADE (uma pequena prosa versificada)
Voz que se levanta ao vivo ânimo de sua vontade
Ao que não s’encontra em sua memória nenhum vestígio de medo
Desta sua grandeza... desta sua infinda energia e perfeição
Quem poderia ser... igual a Ele:
Santo
Forte
Poderoso
E não se precisar nem depender... de ninguém?
Oh, e quem de fato o é senão Aquele que seja verdadeiramente livre?
Livre de desejos... e de medos
A que não se intimida pelo vozerio de nenhum fantasma ou duende
Estes mil monstrengos e demônios que em minh’alma abrigo e nutro
A que me sirvo de alimento para eles
Ai, e qual o seu prato favorito?
Eu mesmo!
E igualmente livre de rancores... e de ilusões
Das correntes que a milhões atam em suas nefastas masmorras
Ah, oxalá desejasse delas não mais me prender... e querer fugir!
Neste mar em que nele remo às forças de meus braços
Neste oceano que o tempo todo me afundo... e me afogo
E, principalmente, livre de mentiras... e de vãos temores
Pelas correntes que um número sem conta
... vede qu’em tal grau me oprime
(e sem perceber... me mata!)
Ah, e são tantas!
Oh! desconheço outro sinônimo de “santidade” que não seja este:
“Liberdade”
Todavia, seria tal liberdade negar nossa, pois humanidade?
A se desagregar do maldito composto em qu'agora então estamos?
Mas, seria tal feito possível?
Ó Deus cujo infinito amor nos libertou das antigas amarras em noss’alma
E agora presos estamos a Ti por uma dívida d’eterno agradecimento!
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20 de novembro de 2018