PALAVRAS PARA MEU MOUCO AMOR

Ao compreender-te querendo-me distância lamentei

por tantos fatos que tu sabes e também sei.

Quando intuí, já não me amavas, lacrimando respeitei.

E introspectivo por tudo o quanto edificamos receei.

Em vez de muros sempre quis erigir pontes que nos atrelassem permanentemente em nosso lânguido passo.

Cúmplices andamos rindo aqui, chorando ali, acolá.

Mas, sempre nas cantilenas e claudicações cantando, cantarolando!

Reconhecia-me em ti e tu em mim te confundias, pareceiros, parceiros, dois em um, um em dois, um só ser a se gostar.

Segui-te sob o viço das flores de uma manhã primaveral, multicores

e contigo fui na primeira hora anoitecida, e quando me guiavas

Na madrugada escura, quase indormida.

De ti jamais ponderei me afastar por ser o incerto! Não é tão simples.... Carecemo-nos tanto que nos completamos, igual côncavo e convexo a dizer palavras ao vento sem rumo nem nexo.

Quem quiser partir que se vá sem delongas! Não posso fazê-lo sem que vás comigo, porque somos viandantes, faz tempo, nos caminhos que escolhemos juntos perseguir.

Tua presença, necessária, teu calor me aquece, teu olhar me enternece e sabes minh’alma auscultar.

És como o raio de sol a invadir meu quarto pelas frestas da janela nas primeiras horas de uma manhã alvissareira, tão bela, a me indicar que tu estás para chegar.

Então, abraço as novas oportunidades e fico feliz.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 18/11/2018
Código do texto: T6505760
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