PALAVRAS PARA MEU MOUCO AMOR
Ao compreender-te querendo-me distância lamentei
por tantos fatos que tu sabes e também sei.
Quando intuí, já não me amavas, lacrimando respeitei.
E introspectivo por tudo o quanto edificamos receei.
Em vez de muros sempre quis erigir pontes que nos atrelassem permanentemente em nosso lânguido passo.
Cúmplices andamos rindo aqui, chorando ali, acolá.
Mas, sempre nas cantilenas e claudicações cantando, cantarolando!
Reconhecia-me em ti e tu em mim te confundias, pareceiros, parceiros, dois em um, um em dois, um só ser a se gostar.
Segui-te sob o viço das flores de uma manhã primaveral, multicores
e contigo fui na primeira hora anoitecida, e quando me guiavas
Na madrugada escura, quase indormida.
De ti jamais ponderei me afastar por ser o incerto! Não é tão simples.... Carecemo-nos tanto que nos completamos, igual côncavo e convexo a dizer palavras ao vento sem rumo nem nexo.
Quem quiser partir que se vá sem delongas! Não posso fazê-lo sem que vás comigo, porque somos viandantes, faz tempo, nos caminhos que escolhemos juntos perseguir.
Tua presença, necessária, teu calor me aquece, teu olhar me enternece e sabes minh’alma auscultar.
És como o raio de sol a invadir meu quarto pelas frestas da janela nas primeiras horas de uma manhã alvissareira, tão bela, a me indicar que tu estás para chegar.
Então, abraço as novas oportunidades e fico feliz.