Pense no agora e colha o amanhã

Falamos de tempos cruzados, mas inconscientes.

De vidas vividas e diferentes.

Falamos de almas sensíveis. Intensas. Urgentes.

Inobstante o amanhã, há que se aceitar a compreensão do agora.

Somos, hoje, unidos por um desejo. Desejo de que seja real. Desejo que dê certo. Que seja possível. Que estejamos vivendo o encontro. Que sejamos um só.

A incerteza, que sabemos inevitável, permanecerá, mesmo que camuflada ou indesejada, mas temos os nossos alimentos. E são muitos. São folgados. São convincentes.

E temos a vida. Que é sagaz.

Invadimos nossas almas, nossa pele, nosso espírito. Personificamos a magia do amor. E o fizemos sem qualquer intervenção imediata ou palpável. Valorizemo-las.

Temos algo maior, a presença e a cumplicidade sentidas através do mero olhar distante. Cultivemo-las, é sublime.

E quando elas nos deixarem a sós, poderemos confundir, constranger e/ou surpreender, mas poderemos descobrir-nos perenes e não loucos, infantis.

Não falemos em medos e variáveis. Sejamos juntos brindando o encontro. Sejamos maduros buscando o amadurecimento. Sejamos humildes permitindo a concessão. Sejamos doadores aceitando a doação. Sejamos felizes realizando a felicidade. Sejamos incompletos por completar-nos.

O equilíbrio está na certeza de que, independente do título, da dor ou do momento, as ferramentas para a felicidade sempre, sempre estão em nossas mãos, bastando que estejamos dispostos a reconhecê-las, valorizá-las e utilizá-las e mesmo que para tanto tenhamos que aprender através de suas cicatrizes.

Esta tarefa, pode ser realizada a quatro mãos ou não. Tenho as suas?