Impávido colosso?
Fulguras, oh Brazil,
Nas páginas sensacionalistas dos folhetins midiáticos.
Tu, que outrora fostes florão das Américas,
Hoje jaz, apenas deitado.
Não és mais impávido, nem colosso.
Em berço esplêndido, amargas o fel do descaso, até o osso.
O penhor da igualdade tombou, decrépito e decadente.
O leite secou no seio da liberdade.
Nos campos fecundos de Mariana, não há mais flores, só infelicidade.
Seu povo, antes aguerrido, soluça de desilusão pelos corruptores.
Oh pátria amada, idolatrada, se salve desses horrores!
No entanto, esperamos que se erga, pois teus filhos aqui persistem na lida e na luta.
Apesar de temermos os ventos da ditadura, ainda és nossa pátria amada.
Queremos a paz no futuro e esquecermos o triste e fumegante passado.
Ainda que aparente madrasta, banindo teus filhos para o continente, és simbolo de amor eterno.
Que possamos ainda ver o teu brado retumbante, para que resgates teus filhos das hordas deste inferno.