ESSES MAL CHAMADOS VERSOS DE AMOR.
Alter Ego.
O que me diz esse meu outro “Eu”, escondido dentro de mim mesmo?
Na verdade, é mergulhado no silêncio que eu o escuto afirmar teimosamente os seguintes versos para ti:
I - Todos os dias e todas as horas, o que mais eu quero, é voltar a sentir a embriaguez que me causa a lubricidade estonteante dos teus lábios.
II – O brilho do teu olhar contém a luz da sedução, e o teu sorriso me arrebata para um mundo de canções novas, mas entendo que o teu sorriso é uma doce canção que não pode ser escrita.
III – Que sina minha é essa de te amar sem constrangimento? Eu gostaria que esses mal chamados versos impactassem o teu coração, para que, nessa doce tortura e numa antropofagia de amor, tu pudesses me lembrar livre e sem pudicícia, plenamente grávida de desejos.
IV – Quanto tocaste a minha pele e me beijaste com sofreguidão, desse momento em diante, um novo sentimento tomou conta de mim, levando-me de forma incoercível para um abismo de sensações gostosas e diferentes.
V – Mulher! Tu és o meu aprisco voraz de desejos e, assim sendo, jamais esquecerei os teus arrulhos e os teus afagos. Meu amor está contido em ti, porque tu me inoculaste com os teus lindos olhos a fúria dos teus anseios e dos teus delírios.
VI – Se formos envolvidos pela negritude do esquecimento, hás de convir comigo que será considerado o maior naufrágio de almas amantes, porque pensei segundo as tuas promessas, que tu serias a minha última e definitiva paixão.