Paz na Guerra
A beira de um penhasco sob a brisa da tarde e ao por do sol olhando o horizonte contemplando o luar que timidamente se apresenta esperando a despedida do dia.
Sobre o cavalo ofegante depois de longa jornada, ao som do mar açoitando as rochas perenes...
O Falcão pousado em seu ombro, o cheiro da relva e o som do silêncio.
Uma pausa!
Ele extrai o elmo pesado e sufocante...
Sua capa balança com o vento...
Um olhar perdido no vasto além...
Um suspiro profundo...
Os olhos fecham...
Sua mente diz algo...
Sua mente quer que entenda algo...
Mas o que será?
Ao abrir os olhos nada mudou...
Mas tudo está mais belo...
Um pequeno instante de paz...
O silêncio é quebrado e um chamado lhe traz de volta a realidade.
Senhor! Os inimigos ultrapassaram a linha de frente!
Todos estão morrendo....
O que faremos ?
Colocando o elmo na cabeça, volta com seu cavalo para a guerra as suas costas...
Olhando para seu soldado sorri dizendo...
Lutaremos até o fim!
Coragem rapaz, se a morte lhe sorri, sorria de vota para ela.
E cavalgando se atira na tormenta sangrenta ...
Um instante de paz em meio a guerra...
Somente o espirito certo de que seu melhor está entregue pode sentir paz onde só há guerra.
Era isso que a voz lhe dizia...
Dê seu melhor! Esteja em paz onde for...
No amanhecer somente um homem estava em pé...
No amanhecer somente um homem segurava seu elmo olhando para os corpos espedaçados ao solo...
Ele sentia o vento balançar sua capa, o cheiro da relva entre o sangue, o som do mar e a luz do sol em sua face, ele via a Lua se despedindo timidamente cedendo lugar ao dia, ele sentia o seu falcão em seu ombro e o suspirar penoso de seu cavalo...
Ele fechava os olhos e sentia paz onde ninguém mais poderia sentir...
Somente um ainda estava em pé.