BRASIL EM EBULIÇÃO

               
 
O Brasil da diversidade e tido como cordial
De cultura pacífica, de gente alegre e festiva
Feliz com seu carnaval e futebol
Fantasiando a vida nas escolas de samba
Nos três dias de folia e o resto, de mazelas social
Carnaval, cartão postal da grande terra
Que esconde no morro as favelas.
E o tempo da esperança de um Lula, distribuindo
Felicidade   e três refeições ao dia?
O metalúrgico que chegava a presidência
Que veio do Nordeste num pau de arara
História parecida com tantos de nós.
Aí, todos pensam – Esse sim!
Vem de baixo, conhece a pobreza.
Um Severino do século XX
E com o toque de cornetas ressoando
Bolsa família, um tiquinho aqui, outro ali
Lula se fez conhecido no mundo
Hoje poderia ser um estadista.
Mas para que um título, para quem podia ter poder?
Foi assim que o metalúrgico desviou a curva
Alardeado de altos súditos de estatais
De uma Odebrecht e outros ricos empresários
Iniciou o maior assalto republicano
Por dois mandatos permaneceu ileso
Mas no terceiro, o caldo entornou
Uma tal Lava Jatos surge mansa e eficiente
Varrendo a corrupção drasticamente
O Caldeirão efervescente começa a transbordar
O esgoto a céu aberto exala seu fétido odor
Curitiba a capital verde passa ser República de Curitiba
A Receita Federal, de primeira instância
Passa ser conhecida no mundo, ela e a garra de Juiz
Que cativa pela sua coragem e garra o povo brasileiro
Sérgio Moro, o Promotor Dallagnol e uma equipe fantástica
Inicia uma metamorfose na corrupção brasileira
E os “COLARINHO BRANCO” dantes camuflados
O Mecanismo e a corrupção cruzam a linha das grades. É justiça igual para todos.
A corrupção sistêmica implantada em Brasília
Espalha-se Brasil afora das formas mais inusitadas já vistas
Da cueca, até malas de dinheiro, milhões passeando
Em paraísos fiscais, resgatados pelo juiz Sergio   Moro
Devolvidos à PETROBRÁS e outras instituições.
Mas a Justiça também se divide, as menores instâncias
Prendem e a Suprema CORTE, solta os Supremos ricos
A Constituição Federal sangra, o povo reclama
Mas qual? Povo não é supremo, povo é povo.
Mas o povo vê e a pior cegueira é do cego que vê,
Mas se obriga a fechar os olhos contra os Organismos
 
Após buscas, delações, sequestros de bens
O saldo é avassalador, diretores de estatais
Políticos, altas instâncias do governo
Um presidente da República preso
E a maior Organização Criminosa
Dentro do Governo de Brasília disseminada
Um Brasil que submerge das cinzas.
Claro ainda há muito a fazer.
Muitas ameaças a enfrentar e uma eleição
Prestes a acontecer, uma democracia a salvar.
Mas há o povo brasileiro pronto a lutar.