PAIDEIA
Por que será que nos outonos tropicais sempre me sinto em primaveras e nas primaveras pareço estar em pleno e solene outono europeu? Vosso verão seria meu inverno, meu retiro gelado o vosso calor e fastio existencial? Rafael O Europeu. Será que o índio e o negro, falando sério, homericamente falando, e não como eugenista, têm mesmo algum valor e pesam nessa balança? Em poucas palavras, o meu destino é o mesmo do homem branco autêntico? Então por que eu só nasci depois que ele já havia morrido há alguns séculos? Arianismos não passam de circos turbulentos e charlatães a invadirem a cidade que, languescente, implora por qualquer horror ou alvoroço.
Ah, sinceramente!... O que é o Homem, sr. Drácula? Que são Reis, um Rei pode responder? Não, porque não és homem, és pálido demais para isso. O homem só entra para a História se se torna rei. Para tanto, não pode nascer coroado. O rei não está nu, pois nu adveio o homem. Um homem, um homem, não dois, é um amontoado, não dois, de educação. Sheroísmo, Xintoísmo... Pílula de encolher. Botão para crescer. Tudo começa no enxame de abelhas. Com operários e zangões, zero Ziegfrieds... Até despontarem os primeiros HérculesAquiles escolhidos... Se eles se vão – e eles se vão – a humanidade também (es)vai...
Aqui salta. Onde é Ítaca?
Por que me ludibriaste e me fascinaste esse tempo todo?
Tu és drone para meus ouvidos, eu, porém, reafirmo: embora alguém me tenha por filho, sou originariamente o Ser-sem-Pai.
Vai com Férias, meu amigo pederasta, pois temos muitos verões-invernos e trabalhos de cigarra pela frente!