À SOMBRA DO VESUVIO


Vesúvio tu és visto de cada ponto do Golfo de Nápoles.
Imponente, dominas e amedrontas.
Eu sei! Tu finges que dormes,
Mas quem dorme não fuma.
Tu até permites aproximação,
Mas tua fome não se aplaca, sente-se tua pulsação.
Tu esperas e esperas, e estás sempre febril.
O verde que ti circunda, os vinhedos que te cobrem,
Nada disto me convence das tuas boas intenções.
Sufocastes com teus gases, Pompéia desavisada,
A cobristes com tuas cinzas, deixando-a sepultada.
Naquele agosto fatídico do ano 79.
Herculano também teve sua sorte definida,
Tu a cobristes de lama, acabando com a vida
De quem ainda no ventre nem deu tempo de nascer
E o lindo golfo de Nápoles nem chegou a conhecer.
Homens, mulheres, crianças e animais de estimação,
Foram todos sufocados pelas cinzas de um vulcão,
Cujo ódio vingativo, escondeu por muitos séculos
A história que conhecemos através de escavação.
Ouve-se o grito de dor, é Pompéia que protesta,
E os gemidos de Herculano, querendo ser descoberta.


(Hull de La Fuente)

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 11/09/2007
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