CANTAR É DO AMOR.
Cantare é D'amore.
Lábios, os meus lábios, peregrinos, buscam sequiosos pelos teus, na ânsia insaciável de um único beijo ardente.
Cantare é D'amore.
Mas o que é o amor?
O quê é amar?
É o verso e o clamor,
Quando não se pode calar.
Cantar é D'amore.
Lembrança, tua doce e amarga lembrança, ricocheteando nas paredes do pensamento, lembrança, insana bailarina de passos imprecisos, aqui, ali; ora lá, ora acolá, indo e vindo desordenadamente.
Cantare é D'amore.
O meu desejo, o mais profundo dos meus desejos, é nunca ter que te desejar tanto. Haja vista que, a loucura é o próprio desejo.
Outra vez escravizado,
Outra vez desejado,
Uma vez querendo,
Sempre e sempre dominado.
Cantare é D'amore.
Você é apenas um vulto, luz que aos pouco se dissipa, meu anjo ledo, minha insana vontade que transpassa a carne, que inflama, que consome, e depois… Bom… Depois sempre some.
Cantare é D'amore…