CANTAR É DO AMOR.

Cantare é D'amore.

Lábios, os meus lábios, peregrinos, buscam sequiosos pelos teus, na ânsia insaciável de um único beijo ardente.

Cantare é D'amore.

Mas o que é o amor?

O quê é amar?

É o verso e o clamor,

Quando não se pode calar.

Cantar é D'amore.

Lembrança, tua doce e amarga lembrança, ricocheteando nas paredes do pensamento, lembrança, insana bailarina de passos imprecisos, aqui, ali; ora lá, ora acolá, indo e vindo desordenadamente.

Cantare é D'amore.

O meu desejo, o mais profundo dos meus desejos, é nunca ter que te desejar tanto. Haja vista que, a loucura é o próprio desejo.

Outra vez escravizado,

Outra vez desejado,

Uma vez querendo,

Sempre e sempre dominado.

Cantare é D'amore.

Você é apenas um vulto, luz que aos pouco se dissipa, meu anjo ledo, minha insana vontade que transpassa a carne, que inflama, que consome, e depois… Bom… Depois sempre some.

Cantare é D'amore…

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 18/10/2018
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