A Aberração da Luz
Quando aquela menina ainda tão pequena apontou pela primeira vez seu telescópio para o céu noturno e as centenas de milhares de quilômetros que a separavam de todo aquele espetáculo de luz e beleza foram reduzidos pela magia de uma simples lente de vidro, seus pequeninos olhos puderam enfim sondar os segredos do céu e o destino do universo.
Em êxtase, a menina vislumbrou a lua linda e distante, se admirou com suas crateras e distinguiu as sombras que se projetavam naquela superfície pálida.
Com lágrimas a embaçar-lhe os olhos, contemplou Júpiter e seu séquito de luas, se maravilhou com as fases de Vênus e de Mercúrio e se emocionou com os deslumbrantes anéis de Saturno.
E naquele instante, quando o insondável se revelou simples e nu e ela, em sua inocência, contemplou tudo aquilo que antes lhe parecia inalcançável, toda a beleza do mundo invadiu seu corpo, sua mente e sua alma...
A pequena menina, então, se apaixonou pelo infinito e pelo eterno e desde aquele dia nada mais na Terra lhe bastou...
Em êxtase, a menina vislumbrou a lua linda e distante, se admirou com suas crateras e distinguiu as sombras que se projetavam naquela superfície pálida.
Com lágrimas a embaçar-lhe os olhos, contemplou Júpiter e seu séquito de luas, se maravilhou com as fases de Vênus e de Mercúrio e se emocionou com os deslumbrantes anéis de Saturno.
E naquele instante, quando o insondável se revelou simples e nu e ela, em sua inocência, contemplou tudo aquilo que antes lhe parecia inalcançável, toda a beleza do mundo invadiu seu corpo, sua mente e sua alma...
A pequena menina, então, se apaixonou pelo infinito e pelo eterno e desde aquele dia nada mais na Terra lhe bastou...
(...)
Esse texto simples e escrito sem grandes pretensões foi inspirado na lembrança da primeira vez em que eu observei o céu através de um telescópio e também no livro Pálido Ponto Azul, de Carl Sagan, que foi indicação do meu amigo mais que especial, Jota Alves que me ensinou, dentre outras coisas, a gostar de ficção científica.