Coexistir amor.

Cada amor é único, diferente. Muda o rosto, muda o gosto, muda o riso e enfim se muda. Quer dizer que o sentimento, daqueles que separaram as mãos acabou?

Não significa que rompeu o amor, foi o romper de duas pessoas, duas almas que deixaram de caminhar juntas, deixaram de ser singular e retornaram ao plural, encontram-se só , dividido.

É ironia dizer, superei, talvez tenha parado de doer.

Ou então conhece a ti mesmo.

Como se supera lembranças? a mente esquece por eficiência e não deficiência.

Porque se supera algo que foi bom? Mas que foi finito. Que murchou, mas já teve seus dias de exuberância.

No fim tudo é crescimento, quiçá para não ser repetido.

Tudo finda, somos ciclos que se fecham.

O medo da superação existe, e não estamos falando de ego, e sim de experiências, e também dependência. (Químico poderosíssimo)

Somos erros e acertos, doador e donatário, aprendemos e ensinamos, dádiva e calamidade, somos cicatrizes do que vivemos; sempre vai existir as marcas.

Vai te evoluir e porventura nem saberás daqui anos a fisionomia da causa de toda a dor e memorias.

Assusta? Sim, assustador; é difícil admitir que fantasmas existem! Mas só enquanto o medo existir.

Esse amor tu pensa que não acaba, aquele amor casal que se separou, ele vai multiplicar e então reduzir na memória, momentos bons, que se transforma, que deixa de ser carnal e coexiste na dedução: Era costume. Mas estamos falando quando é amor, ou para quando superar descobrir que não era amor. Foi paixão... Mas sempre é outra história.