Não me acostumo
Prosa




Não me basta,
lembrar de um amor que tanto sonhei,
e das minhas asas fugiu...

Não me basta sentir a falta dum perfume
que não conheci,
quero esquecer uma nostalgia
que me consumiu.

Porque será?
Não consigo deixar de olhar para você,
Você,
é uma poesia que não saiu do rascunho.

Olhando assim, para o nada,
chego à conclusão
de que você foi um amor que fingiu amar,
foi esboço de felicidade
que à realidade não resistiu.

Viver sem nada de você,
Ah! Não me acostumo.

Feito uma mania,
olhando para a folha em branco,
nela, vejo o seu rosto, mas, sei, sinto,
vivo, mas,  sempre sem alegria.



Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/10/2018
Código do texto: T6478304
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