Não me acostumo
Prosa
Não me basta,
lembrar de um amor que tanto sonhei,
e das minhas asas fugiu...
Não me basta sentir a falta dum perfume
que não conheci,
quero esquecer uma nostalgia
que me consumiu.
Porque será?
Não consigo deixar de olhar para você,
Você,
é uma poesia que não saiu do rascunho.
Olhando assim, para o nada,
chego à conclusão
de que você foi um amor que fingiu amar,
foi esboço de felicidade
que à realidade não resistiu.
Viver sem nada de você,
Ah! Não me acostumo.
Feito uma mania,
olhando para a folha em branco,
nela, vejo o seu rosto, mas, sei, sinto,
vivo, mas, sempre sem alegria.
Liduina do Nascimento