Tarde primavera
Um céu azulado
Naquela tarde meio chuvosa
Sinestesia de corpos
Brindavam a tempestade
Riscavam o espaço
Que outrora tão próximos
Os dividia
Sintonia
Energia
Assim os definia o tempo
O espaço costumava uní-los e soltá-los
Imaginar o jamais imaginado
Leveza
Liberdade
Assim a vida os ensinara
Fortunados de nada
Possuíam o mundo dentro de si
Aquela vitrola, um café
Abraço, cafuné
Tarde de outubro primavera
Inesquecível tarde ambígua
Quente, fria
De chegadas e partidas
E um desejo de permanecer
Intermináveis.