Ode ao Sol
O libertar de si mesmo, do deixar fluir, uma palavra de cada vez. Ignorar o pulso, ou quem sabe escrever em outra língua quando alguém de 6 anos já sabe ler o que precisa ser escondido. Um mundo de luto, de vultos, de fantasmas, enquanto isso, o sol, Deus de pura força, quente, eloquente no seu chamado.
Nenhum escrito prevalece sem Deus, quente, aquece todos os músculos do corpo, um a um, pelo que por outro lado, nada pode ser dito dele, nada pede. E nesse mistério, aproveitamos aqui embaixo para ser, aliás nem é abaixo para ele, pelo contrário, é dele que muitos giram. Por isso não recuo, quero ser, sou, mas o quente.
Talvez deva abrir a janela e fazer o de sempre, assim como os rios: deixar fluir, ficar em silêncio, girar e girar até desembocar em algum lugar e começar tudo de novo, aliás, nem é começo. Para! - Uma Ode ao Sol!