REESCREVENDO MEMÓRIA
Todos os dias reescrevo minhas memórias, mas são palavras que não bastam, livros sem glórias, me perco no que é real e no que invento, entre as palavras ditas e as jogadas ao vento, é o mistério das culpas, a imaturidade grita alto, cair na velhice e descer do salto, uma canção no palco, a maldade do tempo faz desistir, muito se passou não têm como corrigir, são segredos meus e agora seus, minhas paixões, ilusões, não sei por que apunhalei me, essa traição que sangra, até embriago em Angra, súbito festival, no quintal, meu carnaval, minha risada forçada, essa dor engasgada, retrocesso de alegrias fulguras e glórias, todos os dias reescrevo minhas memórias.
Giovane Silva Santos