Sonhos
Ah...! O dedo aponta para as estrelas e luares cheios de graça dependurados nas marquises dos edifícios a nos observar com olhos imensos e brilhantes, mas as mãos estão vazias do apertar... E o que faço eu pelos luminares?
Dar-te ia acenos, uma canção erudita e minhas luzes de pirilampos, mas a noite acabou...
Onde estás senhora? Dona dos seresteiros és, e bem sei, pois por aí andei... Se te escondes, onde arremetes os luminares e minhas alegrias?
Sono velado de curumins é o que tenho aqui na distância onde o tempo parou e o vento assovia. Sonha curumim, bate o tambor, mas não peça chuva!
Astros e temporais não combinam, degladiam-se. E esta falta de luz faz-me ir deitar nas estrelas e nada impede-me de sonhar.