ALVORADA
lisieux
Misturo-me aos tons da alva e me diluo na luz que desvirginiza a calma madrugada.
Quando o dia desperta, nele eu me integro,partícula da mesma claridade que do sol emana.
Esparramo-me liqüefeita sobre a relva, parte também da terra úmida, madre, fecunda...
e me deixo absorver por ela.
Transmuto-me em seiva, alimento e, no seu seio, pulso.
Vida!
E fico a interrogar-me como podem os dias sobreviver às trevas e renascerem, tão iguais;
os mesmos sons e cores; mesma artística paleta de luz, se o teu sorriso há muito se apagou e já não mais me conduz...