Um momento
Vejo
na janela
lágrimas
que alimentam
a terra
Não entendo
o momento
Estou evoluindo
ou regredindo?
Para onde estou indo?
Estou me curando
ou sufocando?
Como ando?
De onde vim?
O que há em mim?
Me afundo?
Ou aprofundo-me?
Estou agindo,
fugindo
ou fingindo?
Caminho
ou estou caindo?
São só pedras
na estrada
ou eu,
estagnada?
Serão os espinhos das flores
ou de minhas próprias dores?
Canto
ou grito
o desencanto?
Vejo-me
Livre de preceitos
mas presa
de meus medos
Oras...
horas
jogadas fora
por pensamentos cegos
desprovidos de nexo
e munidos de EGO
Ecos do passado
Sentimentos do futuro
E aqui estou, no escuro
Força e coragem, escorrem
um pouco de sabedoria, existia
antes da velha bagagem
me levar, outra vez, à forca
Sou, eu mesma, responsável
Por permitir aos meus pés
Pisarem nesse lugar lamentável
Onde enterrei a esperança
e parei toda e qualquer dança
da minha alma
Agora entendo
Esse é o momento
em que desencontro
a calma