LEMBRANÇAS DAS MANHÃS

No silêncio gritante da manhã que era entrecortada apenas pelos cantos suaves aqui acolá dos pássaros ela descia a escada com suntuosidade. Um raio de sol que solitário penetrava a janela contrastava com os últimos resquícios de escuridão da noite e o fazia mais bela destacando as curvas perfeitas do seu corpo entre a juventude e a vida adulta.

E ele lá embaixo soltava no chão o livro de filosofia que lia, sorria abrindo os braços para sentir seu calor de mulher, dar-lhe um beijo e ouvir seu bom dia como bálsamo para a alma e saúde para a mente.

Eram dias felizes e sorridentes de amor, paz e alegria que ficou apenas nos labirintos preso do pensamento.