O desconhecido
Numa noite fria
Com vento gelado
Que me arrepia a pele
E o tempo parado
Te conheci
Você me olhou
E eu?
Há...
Sem explicações.
Olhar firme
Parece que me ver
por baixo da roupa
Mas não fico tímida
seu jeito de me olhar
A forma de falar
As palavras tão cheias de desejo
Com tanta conversa percebo
Mas é tão recíproco
sinto algo forte
Não sei explicar
Mas tenho vontade de falar
Dizer tudo, desabafar
Mas como?
Se o que se passa
É inexplicável
É tão bom ser desejada
Querida, admirada
Confesso que fico incabulada
Mas me sinto em um filme
Correndo em baixo de chuva
Apaixonada
Sinto-me uma adolescente
Com o coração disparado
Há tanto já não sinto
As pernas tremendo
A voz falhar
E você calado
A me admirar
Que sensação maravilhosa
Quem bem soubesse
Jamais deixaria passar
Estes momentos de versos e prosa.