Amor na beira do rio
Vou pegar estrada por ai. Sem rumo seguir adiante.
Quero paisagens passando por mim.
Gosto de fotografar sutilezas em luzes de pirilampos.
Colher estrelas com a ponta dos dedos e leva-las ao céu da boca.
Bom poder ouvir o silêncio deitando no orvalho que cai.
E quando é manhã, gosto de sair cedo,
para ver a cerração vestida de nudez em brancura.
Satisfaz-me a brisa brincando invisível pelos campos.
Ousadamente levanta sua saia.
Depois sussurra ao meu ouvido que levantou a saia para que eu pudesse ver a calcinha que cobre delícias. E sorri brincando, porque enquanto olho, ela te toca e meu desejo também.
E assim com a estrada no colo, levo você comigo.
Mãos dadas, com o compromisso de ir apenas.
Distâncias exibem saudades e propõem sonhos.
Flores desabrocham lentamente ofertando fragrâncias.
Nuvens desenham formas aproveitando o fundo azul.
Meus olhos se estendem nos teus; E curvam-se as pálpebras, reverenciando meus lábios colados nos seus.
E seu corpo lindo me envolve em sóis e relva que passeio junto a ti.
Santa doçura é nossa pele louvando canções em encontro de prazer.
Que bom que viestes, pois gosto de estender cama na beira do rio e deitar ouvindo água lavando pedras.
Deita comigo e se encoste a mim. Faremos amor hoje.