Uma história diferente e verdadeira
Os meninos vão gostar.
Esta é uma história verdadeira de um pombinho recém-nascido, o Pitá, nome que lhe dei.
Ele teria caído de qualquer ninho e encontrei-o numa rua da minha cidade.
Tentei recolocá-lo num possível ninho, que os havia tantos pelos telhados, mas não o consegui fazer.
Não tinha penas, era uma coisinha cor-de-rosa ,que cabia na palma da minha mão. Os olhos ainda fechados: coisa molinha que tinha vida. Enrolei-o no meu lenço e levei-o para casa.
No caminho pensava como iria cuidar dele, decerto não iria sobreviver, e eu pensava que não havia forma de me corrigir, pois não era a primeira vez e decerto não a última, que levava para casa animais abandonados, mas uma ave? E porque não? Lembrei-me então que meu pai uma vez, tinha encontrado, numa estrada do mato, uma águia africana com a asa e a perna partida e muito ferida.
Minha mãe curou-a e ainda viveu muitos anos no nosso quintal.
Eu e meus irmãos a baptizamos de Sr.Joaquim.
Ficou sempre cocheando.
Um dia as asas cresceram demasiado, ensaiou um voo, e surgiu voando sobre os prédios, um tiro certeiro acabou com o Sr. Joaquim.
Foi uma choradeira naquela casa. Teve sepultura. E, contra o vizinho malvado que tinha atirado o tiro esse nunca mais lhe falamos e o odiávamos tanto, tanto tanto que até fazia doer o coração…pela sua malvadez e insensatez …era invejoso mal-encarado o malvado.
Sr. Joaquim era manso, domesticado habituado aos cães às pessoas … mas quis voar, nesse dia decerto se lembrou do sertão…mas não pensou no grande predador da natureza os humanos
…... Meu Deus dei-me conta que estava na rua estava a pensar na minha africa amada e nas mil e uma hisstórias que tenho guardadas dentro do meu coração….sacudi a cabeça para espantar esses pensamentos já tão longinquos.mas sempre tão perto.. Recompus-me e cheguei a casa com o meu tesouro.
Dentro de uma caixa de sapatos fiz a o seu ninho, com paninhos e ai o aconcheguei
Depois mudei-o para uma cestinha e dava trabalho o malandreco pois tinha que lhe fazer a higiene e fazer-lhe festinhas tinha sempre a sua caminha muito limpa.. Seu biquinho pedia comida e abria muita aquela goela vazia, esfomeada.
Cozi arroz que desfiz em papa molinha e fui-lhe aos poucos juntando ovo cozido.Com uma pequena seringa sem agulha comecei a alimentá-lo, o mesmo fazia com a água.
Ao principio bebia água da minha boca. Fazia-lhe umas festinhas e sobretudo comecei a ensiná-lo a ouvir a minha voz pois conversava com ele./ela .tão fácil ele conhecia a voz não só a minha como as outras que ouvia e distinguia sons variados associando às coisas. Depois de satisfeito/a adormecia até à próxima refeição.
Criei-o/a com muito carinho. As penas começaram a crescer, os olhos que já tinham aberto fixavam-me muito e desenvolveu-se e fez-se um lindo pombinho,era grande e bonito, aqui eu já sabia que era pombo, e um dia voou para o seu destino inesperadamente.
Ele tinha ido ter comigo ao quarto e eu fechei-lhe a porta porque ele adorava enfiar-se roupa dentro precisava do meu calor do meu afago.vi que ia para a cozinha para a janela e fiquei descansada. quando passadas duas horas o procurei não o vi. fiquei aflita ele adorava osol e nesse dia o sol estava lindo.
Penso que se terá assustado com o ladrar de uma cadela que ele viu pela primeira vez,era da minha irmã. Embora estivesse habituado aos cães da casa com quem convivia familiarmente aquela ele não conhecia.
Viveu durante 8 meses num ambiente caseiro e tornou-se muito familiar. Ele tinha uma casinha para pernoitar que eu tapava com uma cortina para ele ficar mais sossegado. ele gostava daquele sitio mas andava livremente. As janelas da casa, estavam sempre abertas e ele espreitava o mundo livremente mas nunca quis voar para longe.O sol nascente encantava-o. Percebia tudo, até quando tocavam à porta ele era o primeiro a ir com a sua curiosidade desperta aguardar o visitante.
.Das suas peripécias das suas aventuras dentro da nossa casa, muito havia para dizer. Daria uma grande história. Um livro talvez…
O elo afectivo criado foi muito intenso e ainda hoje sinto saudades.
Aliás toda a família sofreu... Mas está vivo e de saúde, já tem família e está aqui bem perto num grande bando de pombos que se acoitam num velho depósito de água. Vem todos os dias visitar-nos e procurar a sua ração de milho que lhes dou. Agora sou madrinha de um bando de pombos...pois todos ganharam com o novo habitante do bando... Não sai daqui da área, mas esteve alguns dias afastado quando voou para longe até que encontrou companheiros. Acho que andou um pouco perdido sem norte.
Penso que muito ainda há para descobrir sobre a inteligência dos animais e também sobre a capacidade afectiva que os une aos seres humanos.
Apetecia-me tanto contar esta história que aqui vai...
Escrevi isto a seguir ao seu desaparecimento. Penso que pode ser contada a crianças, pois é uma história de amor fraternal e é com exemplos destes que as crianças aprendem a amar e respeitar os animais e os seus direitos e a compreenderem os seus laços aos humanos e como são afeiçoados.
Tenho muitas fotos dele
.
Um poema ao meu querido PITÁ
Naquele dia quis o destino
Que tu minha avezinha
Alegre e brejeira
Que enchias meu coração
De paz e de alegria.
Meu espaço de vida.
Minha alma de ternura.
Levantasses teus olhos
Para o radioso sol.
Que acariciava
minha e tua janela.
Janela do encantamento.
Janela da liberdade.
Da bisbilhotice
Ainda não saciada.
E porventura
terás ensaiado.
Um voo mais amplo
De maiores horizontes.
Espaço que te terá.
Inevitavelmente maravilhado.
E mergulhaste no infinito.
Todo o teu ser
Terá experimentado,
Contentamentos
nunca ainda mostrados.
Ou talvez, inesperadamente.
Ao caíres no vazio
No trilho do teu destino.
pouco ou nada distinguisses....
Que é de ti?
Minha avezinha amorosa.
Onde estás?...para onde foste?
Que é dos soninhos que fazias?
Da tua curiosidade insaciada.
Quando teus sítios.
Tu constantemente alargavas.
Procurando-me nos recantos.
Da casa onde convivíamos.
Porque me querias ver
Ou até comigo ficares.
Era a mamã que querias.
Insistentemente
e te regozijavas
E onde no meu colo
te aninhavas.
Que é dos serões
Que até alta noite fazias?
Como se tua alma de gente fosse
Aconchegadinha
Ao calor do computador
Onde vitoriosamente te alojavas.
Com os olhos postos em mim
Presos aos meus gestos
e... nas teclas
que faziam a tua alegria.
Cujo bater ritmado
Como se de música se tratasse
E te agradasse assim adormecer.
Onde estão teus runs runs
De passarinho maroto?
Teu anseio de ninho fazer?
Teu voltear engraçado
Como se me estivesses a chamar
Para onde me quisesses levar...
Se uma fada me transformasse
Num ser como tu.
Era ali que nós faríamos
O nosso ninho de amor.
Mas...tu avezinha eras e eu....
Em avezinha nunca me tornaria....
Onde estás minha avezinha?
De caminhar tranquilo.
E voo muito demarcado.
Sem espaços de sol nascente.
Mas que ficavas tão contente
Quando em meu ombro cochilavas
Com meus cabelos brincavas.
Os meus brincos tu bicavas.
Como se grãozinhos fossem.
Que te pudessem saciar.
Onde estás minha avezinha.
Curiosa vendo o mundo
Do parapeito da janela.
Ao meu lado como gente
Livre, e tudo observando.
Encolhidinha ao meu peito.
Com reflexos de arco-íris
Nas penas que te agasalhavam.
Onde estás minha avezinha.
E os banhinhos que tomavas.
Quando o calor apertava.
Era hora de brincar.
Com alegria o fazias.
Lá numa grande bacia
De plástico vermelho
As penas sacudias.
E depois te enxugavas.
Estendido ao sol que brilhava
Era um gosto ver-te assim.
Fazer sala aninhadinho
Sobre qualquer almofada.
Com a asa estendidinha.
E perninha esticada
E a todos acompanhavas
Num sereno adormecer.
A sestinha habitual
Em todos os cantos da casa
Tu a mim me procuravas.
E não é que me achavas...
Meu pombinho inteligente
Que assombravas a gente.
Com tanta inteligência.
Tinhas manta de dormir
À noitinha bonançoso.
De manhã mal me sentias
Acordado com meus passos
Chamavas-me.num rum rum..
Carinhoso e encantado.
Treinavas tuas asinhas
Saltitando ternurento
Para no meu ombro ficar.
E a papinha da manhã
Logo ias petiscar
Onde estás minha avezinha.
Responde ao meu apelo.
É grande a minha aflição.
Por te ter assim perdido.
E se asas eu tivesse.
Voava em teu socorro.
Que de socorro está carecida.
Minha alma afligida.
Naquele dia em que vi
Que tu tinhas desaparecido
Meu coração bateu ferido
E muito desconsolado
Meus olhos lacrimejantes
Pesquisaram o infinito
E eu fiquei tão consternada
Por não te ter encontrado.
Eu vi amor nos teus olhos
Minha avezinha mimosa
Ainda hoje questiono
Porque partiste...assim
E porque fiquei tão triste
Porque fiquei sem ti
A lei da natureza
Foi mais forte eu o sei
Seguiste o teu destino.
Pois tive que compreender....
Mas uma mágoa ficou
Dentro do meu coração....
Vamos lá a entender
A natureza do nosso ser.
Que ama e vê amor
Nos olhos de uma avezinha....
Que me queria como mãe.......
Pois fui eu que a alimentei.
E com muito amor a cuidei.
De uma hora triste T, ta
2006/02/06
Os meninos vão gostar.
Esta é uma história verdadeira de um pombinho recém-nascido, o Pitá, nome que lhe dei.
Ele teria caído de qualquer ninho e encontrei-o numa rua da minha cidade.
Tentei recolocá-lo num possível ninho, que os havia tantos pelos telhados, mas não o consegui fazer.
Não tinha penas, era uma coisinha cor-de-rosa ,que cabia na palma da minha mão. Os olhos ainda fechados: coisa molinha que tinha vida. Enrolei-o no meu lenço e levei-o para casa.
No caminho pensava como iria cuidar dele, decerto não iria sobreviver, e eu pensava que não havia forma de me corrigir, pois não era a primeira vez e decerto não a última, que levava para casa animais abandonados, mas uma ave? E porque não? Lembrei-me então que meu pai uma vez, tinha encontrado, numa estrada do mato, uma águia africana com a asa e a perna partida e muito ferida.
Minha mãe curou-a e ainda viveu muitos anos no nosso quintal.
Eu e meus irmãos a baptizamos de Sr.Joaquim.
Ficou sempre cocheando.
Um dia as asas cresceram demasiado, ensaiou um voo, e surgiu voando sobre os prédios, um tiro certeiro acabou com o Sr. Joaquim.
Foi uma choradeira naquela casa. Teve sepultura. E, contra o vizinho malvado que tinha atirado o tiro esse nunca mais lhe falamos e o odiávamos tanto, tanto tanto que até fazia doer o coração…pela sua malvadez e insensatez …era invejoso mal-encarado o malvado.
Sr. Joaquim era manso, domesticado habituado aos cães às pessoas … mas quis voar, nesse dia decerto se lembrou do sertão…mas não pensou no grande predador da natureza os humanos
…... Meu Deus dei-me conta que estava na rua estava a pensar na minha africa amada e nas mil e uma hisstórias que tenho guardadas dentro do meu coração….sacudi a cabeça para espantar esses pensamentos já tão longinquos.mas sempre tão perto.. Recompus-me e cheguei a casa com o meu tesouro.
Dentro de uma caixa de sapatos fiz a o seu ninho, com paninhos e ai o aconcheguei
Depois mudei-o para uma cestinha e dava trabalho o malandreco pois tinha que lhe fazer a higiene e fazer-lhe festinhas tinha sempre a sua caminha muito limpa.. Seu biquinho pedia comida e abria muita aquela goela vazia, esfomeada.
Cozi arroz que desfiz em papa molinha e fui-lhe aos poucos juntando ovo cozido.Com uma pequena seringa sem agulha comecei a alimentá-lo, o mesmo fazia com a água.
Ao principio bebia água da minha boca. Fazia-lhe umas festinhas e sobretudo comecei a ensiná-lo a ouvir a minha voz pois conversava com ele./ela .tão fácil ele conhecia a voz não só a minha como as outras que ouvia e distinguia sons variados associando às coisas. Depois de satisfeito/a adormecia até à próxima refeição.
Criei-o/a com muito carinho. As penas começaram a crescer, os olhos que já tinham aberto fixavam-me muito e desenvolveu-se e fez-se um lindo pombinho,era grande e bonito, aqui eu já sabia que era pombo, e um dia voou para o seu destino inesperadamente.
Ele tinha ido ter comigo ao quarto e eu fechei-lhe a porta porque ele adorava enfiar-se roupa dentro precisava do meu calor do meu afago.vi que ia para a cozinha para a janela e fiquei descansada. quando passadas duas horas o procurei não o vi. fiquei aflita ele adorava osol e nesse dia o sol estava lindo.
Penso que se terá assustado com o ladrar de uma cadela que ele viu pela primeira vez,era da minha irmã. Embora estivesse habituado aos cães da casa com quem convivia familiarmente aquela ele não conhecia.
Viveu durante 8 meses num ambiente caseiro e tornou-se muito familiar. Ele tinha uma casinha para pernoitar que eu tapava com uma cortina para ele ficar mais sossegado. ele gostava daquele sitio mas andava livremente. As janelas da casa, estavam sempre abertas e ele espreitava o mundo livremente mas nunca quis voar para longe.O sol nascente encantava-o. Percebia tudo, até quando tocavam à porta ele era o primeiro a ir com a sua curiosidade desperta aguardar o visitante.
.Das suas peripécias das suas aventuras dentro da nossa casa, muito havia para dizer. Daria uma grande história. Um livro talvez…
O elo afectivo criado foi muito intenso e ainda hoje sinto saudades.
Aliás toda a família sofreu... Mas está vivo e de saúde, já tem família e está aqui bem perto num grande bando de pombos que se acoitam num velho depósito de água. Vem todos os dias visitar-nos e procurar a sua ração de milho que lhes dou. Agora sou madrinha de um bando de pombos...pois todos ganharam com o novo habitante do bando... Não sai daqui da área, mas esteve alguns dias afastado quando voou para longe até que encontrou companheiros. Acho que andou um pouco perdido sem norte.
Penso que muito ainda há para descobrir sobre a inteligência dos animais e também sobre a capacidade afectiva que os une aos seres humanos.
Apetecia-me tanto contar esta história que aqui vai...
Escrevi isto a seguir ao seu desaparecimento. Penso que pode ser contada a crianças, pois é uma história de amor fraternal e é com exemplos destes que as crianças aprendem a amar e respeitar os animais e os seus direitos e a compreenderem os seus laços aos humanos e como são afeiçoados.
Tenho muitas fotos dele
.
Um poema ao meu querido PITÁ
Naquele dia quis o destino
Que tu minha avezinha
Alegre e brejeira
Que enchias meu coração
De paz e de alegria.
Meu espaço de vida.
Minha alma de ternura.
Levantasses teus olhos
Para o radioso sol.
Que acariciava
minha e tua janela.
Janela do encantamento.
Janela da liberdade.
Da bisbilhotice
Ainda não saciada.
E porventura
terás ensaiado.
Um voo mais amplo
De maiores horizontes.
Espaço que te terá.
Inevitavelmente maravilhado.
E mergulhaste no infinito.
Todo o teu ser
Terá experimentado,
Contentamentos
nunca ainda mostrados.
Ou talvez, inesperadamente.
Ao caíres no vazio
No trilho do teu destino.
pouco ou nada distinguisses....
Que é de ti?
Minha avezinha amorosa.
Onde estás?...para onde foste?
Que é dos soninhos que fazias?
Da tua curiosidade insaciada.
Quando teus sítios.
Tu constantemente alargavas.
Procurando-me nos recantos.
Da casa onde convivíamos.
Porque me querias ver
Ou até comigo ficares.
Era a mamã que querias.
Insistentemente
e te regozijavas
E onde no meu colo
te aninhavas.
Que é dos serões
Que até alta noite fazias?
Como se tua alma de gente fosse
Aconchegadinha
Ao calor do computador
Onde vitoriosamente te alojavas.
Com os olhos postos em mim
Presos aos meus gestos
e... nas teclas
que faziam a tua alegria.
Cujo bater ritmado
Como se de música se tratasse
E te agradasse assim adormecer.
Onde estão teus runs runs
De passarinho maroto?
Teu anseio de ninho fazer?
Teu voltear engraçado
Como se me estivesses a chamar
Para onde me quisesses levar...
Se uma fada me transformasse
Num ser como tu.
Era ali que nós faríamos
O nosso ninho de amor.
Mas...tu avezinha eras e eu....
Em avezinha nunca me tornaria....
Onde estás minha avezinha?
De caminhar tranquilo.
E voo muito demarcado.
Sem espaços de sol nascente.
Mas que ficavas tão contente
Quando em meu ombro cochilavas
Com meus cabelos brincavas.
Os meus brincos tu bicavas.
Como se grãozinhos fossem.
Que te pudessem saciar.
Onde estás minha avezinha.
Curiosa vendo o mundo
Do parapeito da janela.
Ao meu lado como gente
Livre, e tudo observando.
Encolhidinha ao meu peito.
Com reflexos de arco-íris
Nas penas que te agasalhavam.
Onde estás minha avezinha.
E os banhinhos que tomavas.
Quando o calor apertava.
Era hora de brincar.
Com alegria o fazias.
Lá numa grande bacia
De plástico vermelho
As penas sacudias.
E depois te enxugavas.
Estendido ao sol que brilhava
Era um gosto ver-te assim.
Fazer sala aninhadinho
Sobre qualquer almofada.
Com a asa estendidinha.
E perninha esticada
E a todos acompanhavas
Num sereno adormecer.
A sestinha habitual
Em todos os cantos da casa
Tu a mim me procuravas.
E não é que me achavas...
Meu pombinho inteligente
Que assombravas a gente.
Com tanta inteligência.
Tinhas manta de dormir
À noitinha bonançoso.
De manhã mal me sentias
Acordado com meus passos
Chamavas-me.num rum rum..
Carinhoso e encantado.
Treinavas tuas asinhas
Saltitando ternurento
Para no meu ombro ficar.
E a papinha da manhã
Logo ias petiscar
Onde estás minha avezinha.
Responde ao meu apelo.
É grande a minha aflição.
Por te ter assim perdido.
E se asas eu tivesse.
Voava em teu socorro.
Que de socorro está carecida.
Minha alma afligida.
Naquele dia em que vi
Que tu tinhas desaparecido
Meu coração bateu ferido
E muito desconsolado
Meus olhos lacrimejantes
Pesquisaram o infinito
E eu fiquei tão consternada
Por não te ter encontrado.
Eu vi amor nos teus olhos
Minha avezinha mimosa
Ainda hoje questiono
Porque partiste...assim
E porque fiquei tão triste
Porque fiquei sem ti
A lei da natureza
Foi mais forte eu o sei
Seguiste o teu destino.
Pois tive que compreender....
Mas uma mágoa ficou
Dentro do meu coração....
Vamos lá a entender
A natureza do nosso ser.
Que ama e vê amor
Nos olhos de uma avezinha....
Que me queria como mãe.......
Pois fui eu que a alimentei.
E com muito amor a cuidei.
De uma hora triste T, ta
2006/02/06