Tu bem sabes
Tu bem sabes
Que esta cativa amante
Devastada pelas palavras
Destruída pela partida
Quisera um dia esquecer
As tentativas em vão
As cativas saudades
Os trêmulos lábios
As falsas verdades
E quando tudo se fez noite
Sobrando apenas escuridão
E poesia
Não havia brilho
Sorriso nem magia
Esta enfadonha menina
Que em momentos chorava
se puseste a prosseguir
Esquecendo-se daquela partida
Mirando o horizonte
Alguns olhares a fez estremecer
Próximo aos ouvidos
Sentiu-se paralisada por uma respiração
Sorrindo olhou-a
Aquele olhar dizente
Franzindo a testa
Seus lábios moveram
congelando-a naquele espaço
E num demasiado sussurro
Disseste:
Deverias olhar-se pelos meus olhos