Tu bem sabes

Tu bem sabes

Que esta cativa amante

Devastada pelas palavras

Destruída pela partida

Quisera um dia esquecer

As tentativas em vão

As cativas saudades

Os trêmulos lábios

As falsas verdades

E quando tudo se fez noite

Sobrando apenas escuridão

E poesia

Não havia brilho

Sorriso nem magia

Esta enfadonha menina

Que em momentos chorava

se puseste a prosseguir

Esquecendo-se daquela partida

Mirando o horizonte

Alguns olhares a fez estremecer

Próximo aos ouvidos

Sentiu-se paralisada por uma respiração

Sorrindo olhou-a

Aquele olhar dizente

Franzindo a testa

Seus lábios moveram

congelando-a naquele espaço

E num demasiado sussurro

Disseste:

Deverias olhar-se pelos meus olhos

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 28/08/2018
Código do texto: T6432833
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