LOUCA POR VOCÊ!
Há tanto amar em seus versos, que os ler tornam as minhas faces rubras e o coração aceso. Seu amor chega, sim, ao coração que bombeia alvoroçado por todo meu corpo: as cores, os cheiros e os gostos de seu jeito de amar. Ah, poeta, você causa uma revolução em meu corpo. Nem lhe conto o que me ocorre. Só conto pessoalmente e tenho a impressão que irei fazê-lo; que não estou tão doida assim. Aliás, devo confessar-lhe que tenho minhas idiossincrasias, mas nada que o ameace, não, viu? Se você quiser se aproximar, pode vir sossegado, eu não sou maluca. Só surto quando leio suas declarações de amor e não vejo outro remédio se não o de lhe ter aqui. Será que vai ser possível? Bem, meu poeta, eu preciso acreditar que sim, do contrário posso me deprimir. Que posso eu fazer a não ser desejar ser aquela a quem você dedica seu amor? Não, eu só quero ser amada como você ama, meu poeta (me desculpe a intimidade, mas logo você se acostumará). Ai, que esse coração ainda bate em descompasso. E a alma, poeta, o que fazer com essa alma que o ama antes de lhe conhecer? Ah, mas eu li em algum lugar que você também ama assim. Ou será que imaginei isso? Não sei mais o que pensar e nem adianta, pois só penso em seus olhos flertando com os meus, seus beijos adoçando minha boca, seu corpo tocando minhas coxas, meus seios, meu sexo. Penso mais: penso em você em mim. Ora me amando com ternura, ora em fúria. Prometo retribuir e com todo carinho e tesão. Juro!
E depois do amor, poeta? Ah, eu te amarei mais e mais.