Stupid Girl
London, 3:15 AM - Estrelas no céu. 51,8° F
O pub estava cheio, mas a minha visão era fixa, eu a olhava bem nos seus olhos. Os meus lábios estavam secos, parecendo uma planta para se regar. Senti a minha jugular pular forte e meus pensamentos flutuavam. A pessoa que me chamava atenção estava do outro lado do oceano, dormindo num caixão, sem pegar sol a mais de um século. Mas aquela que poderia me alimentar estava a minha frente.
“Minha definição de loucura é quando dentro de mim habita duas entidades. Uma morta. Que é segura de si. Caminha aonde quer e como quer. Domina todas as coisas. Não se apega. Não sente dor. A outra parte é a que vocês chamam de vida. Que vive de expectativas, fantasias, se acham poderosas, sendo que não passam de um monte de fracassados engessados pelos conceitos impostos pela sociedade escravizada de humanos.
Odeio cada pedaço de vocês. E por cada raiva que existe dentro de mim eu me entreguei ao mundo que vocês acreditam não existir. Mas você está fazendo questão de trazer o seu para dentro do meu.
Até quando vai estar disposta a catar os cacos de vidros, stupid gal!?”. (Gabriella Gilmore).