FILHO PRÓDIGO

Essa história comovente, quem contou foi o Senhor,

De um pai que tinha dois filhos, aos quais muito amou;

Mas chegou um certo dia, que ficaria na lembrança;

Quando o filho mais moço, exigiu parte da herança;

Sendo que essa atitude, partiu do pai o coração;

Pois o velho não queria, ver no lar separação;

Mas o filho aborrecido, queria logo uma decisão;

Porque o veneno do pecado, contaminou seu coração,

Ele vai sair de qualquer jeito, ainda que fira o peito,

Do “pobre” velho ancião. Pegando todos seus pertences,

Pra uma terra longe viajou e passou a viver,

Do jeito que desejou, mas o pecado tem um preço

E a resposta não demorou, vivendo de forma dissoluta,

Com “amigos” e prostitutas, o dinheiro acabou.

Sem dinheiro e sem “amigos”, naquela terra houve fome,

Padecendo necessidades, procurou então um homem,

Que o mandou para os seus campos,

Aos porcos apascentar, mas não o pagaria nada,

Nem da comida dos porcos, podia se alimentar.

Essa triste realidade, o pesou o coração,

Porquanto ele dizia: na casa de meu pai,

Há abundância de pão e de fome aqui pereço,

Estou pagando o preço, por minha errada decisão.

Voltarei pra minha casa, pois reconheço que errei;

Pequei contra o céu e de meu pai, seu coração o magoei,

Dir-lhe-ei arrependido, faze-me como seu trabalhador,

Já não sou digno de ser filho, apenas quero seu amor;

Assim me pus a caminho, com aperto no coração;

De longe papai me viu, moveu-se de íntima compaixão;

Correndo ao meu encontro, estendeu-me às suas mãos,

Lançando-se ao meu pescoço, abraçou-me e me beijou,

Demonstrando para mim, o verdadeiro amor;

Confessei-lhe o meu pecado, rasguei meu coração,

O meu pai me perdoou, matou um boi cevado,

Vestiu-me de roupa nova, pôs sandálias nos meus pés

E um anel em minha mão.

A festa começou, com bastante alegria,

Todos foram convidados, para este grande dia;

Em que o que estava morto reviveu,

O perdido foi achado e a esperança renasceu.

Apenas o filho mais velho, se sentia indignado;

Dizendo que o seu pai agiu de forma parcial,

Pois entre ele e seu irmão nada tinham de igual:

Enquanto ele trabalhava, ajudando no sustento;

O seu irmão mais moço, transgrediu o mandamento;

Apesar do intenso trabalho, nunca pode se entreter,

Nem junto com seus amigos, um cabrito abater,

Mas o seu filho mais moço, destruiu a sua vida,

Ainda quer que eu participe, dessa festa de intriga;

O velho pai sabiamente, soube amenizar,

Dizendo: filho, o que é meu, é teu; você pode se alegrar!

Mas seu irmão estava morto e hoje reviveu,

Estava perdido e foi achado; não é como você e eu;

Nossa família está completa, vamo-nos regozijar,

Depois de muito sofrimento, foi restaurado nosso lar!

Autor: João Aragão

Itagibá-BA

João Aragão
Enviado por João Aragão em 22/08/2018
Reeditado em 22/08/2018
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