Doce criatura
O branco da laranjeira, cai sobre pelos brancos
Que lagarteia ao sol de agosto, não se incomoda
Com o barulho das asas de tantas abelhas
Nem com o perfume exagerado das flores
Parece sonhar, talvez sonhe
Com patas ainda mais livres
E com nariz gelado, cheirando tudo
O espaço da liberdade, não é tão grande assim
Mas, ir e vir, sem nada a lhe apertar a pele
Deve ser bem melhor
Do que de certos amigos com liberdade condicional
Não fosse o tamanho
As atitudes medrosas, por causa de barulhos
Não causaria receio algum
Mas, como ao olhar, pelos brancos lagarteando
Tão calmos e macios, e resistir a vontade de acariciar?
Doce criatura, que viva muito ainda
Que não apenas cuida da casa
Cuida de mim, quando estou triste, vem com todo cuidado e se aproxima
Não falamos a mesma língua
Mas, nos entendemos em gestos e em olhares.
"Saudade da minha Astra