Meu Amor, Segure a Minha Mão

Meu amor, segure a minha mão... É tão normal ter medo... Nenhuma alegria é suficiente e nenhuma festa é demais... É por isso que peço que sorrias o tempo todo, mesmo quando o tempo fechar e assim chegar os temporais...

Meu amor, segure a minha mão... Eu tenho medo do escuro... Não desse escuro da noite, os escuros da noite são normais... Mas desse escuro da vida e de maldade dos homens... Que abrem nossas feridas e invadem nossos quintais...

Meu amor, segure a minha mão... Está me dando muito sono... Mas este sono já está demais... Eu ainda tenho muito o que fazer... Ainda existem terras e têm mares... Já me esperam as velas do cais...

Meu amor, segure a minha mão... Está quase pronta a nossa fantasia... Mas ainda faltam os carnavais... Desculpe se sou desse jeito antiquado... É que os meus dias foram ficando lá atrás...

Meu amor, segure a minha mão... Cante qualquer coisa bem baixinho... Não precisa de versos e nem de frases especiais... Fale que o mal acabou, que o sonho chegou... Que o prédio caiu e que alguém me notou...

Meu amor, segure a minha mão... Chegue bem perto de mim... Assim, assim e assim... Não tenha nenhum medo... Afinal, eu nem sou tão ruim... E posso contar um segredo...

Meu amor, segure a minha mão... Prometo não falar complicado, prometo não chorar se não for amado... A vida é assim, cada um escolhe seu lado...

Meu amor, pode largar a minha mão se quiser... Pode até partir... Pode ir embora... A minha alma já está á dormir... E a minha alegria chora...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 20/08/2018
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