Dois viveres.
Dentro de mim, habita dois viveres.
Um que sente, e o outro que pensa.
Quando um pensa, o outro sente,
Quando um sente, o outro pensa.
Quando o que deveria pensar, senti.
O que deveria sentir, pensa.
Quando o que deveria pensar, pensa.
O que deveria sentir, não senti.
E quando o que senti, senti.
O que deveria pensar, não pensa.
Mas quando ambos pensarão e sentirão quando devem pensar e sentir?
Quando eu perceber que meus viveres, vivem por si, dentro de mim.
E que nem eu consigo controlar o que pensar e sentir dentro de mim.
Que dirá, você!