Volto

Parei de contar as vezes que terei que passar por acéfala para prosseguir sem enlouquecer.
O entendimento não é tão aceitável quanto suporta supor minha paupérrima filosofia.
É preciso uma hipotética volubilidade para socializar minhas intrigas mentais.
Não me encontro disposta a estar no criado-mudo se bem posso estar entre macios lençóis.
Se eu amo e amo de forma que agride a fórmulas, deveria então partir para um desamor aceitável.
Conjugar-me não é fácil e bem tenho tido uma clara ciência de minha ilimitada incongruência.
Estou bem certa de que devo para meu próprio bem dizer mil tolices e digitar milhares de inutilidades.
Minha mente não pára e me canso de mim até chegar ao absurdo da ausência forçada...
No meu laboratório pesquiso a fórmula da cura para a doença que é viver até a última conseqüência.
A inércia da mente que almejo me causa irritações irreparáveis e faz-me ir a um shopping de terror.
Beberia de bom gosto daquele sangue em taça vagabunda se me elevasse a extremidades sem meias medidas.
Meias verdades são o que restam na lata de despojos daquele ente que bem quero sem ter um bom porque.
Lobotomia... Houve a era que já não é, sei bem do perigo que digo, mas como só mesmo eu entenderei, tanto faz...
Tanto faz nada! Pouco não é realizado e há mais tempo que o pretenso e praticável para sustento da continuidade.
Vi a pessoa que colhe estrelas e as transmutam em flores matinais para então doá-las, que o bem vem!
Volto ao meu centro mais intransitável, mas menos exausta que a prática de uma estupidez radical.