No interior de minha alma.
Tenho em minha alma a furia de uma gata selvagem ferida e acuada e nos olhos carrego a chama de uma sensibilidade astuta e magnanima...em minhas veias corre o mais devastador clamor de vida que leva ao chão todo e qualquer sinal de que vivo no inferno sem que exista em mim uma gota sequer de esperança em ganhar o céu um dia, pois, conheço a ambos, eles travam uma luta constante dentro de mim e vence por vezes o mais forte, aquele que domina meu ser e faz dele objeto de suas vontades mais intimas e ardilosas.
Sou a furia delicada que furta sentimentos e brinca de viver...que não permite barreiras, hipocrisias e verdades eternas...que não se deixa levar pelo mar de infamias atiradas deslealmente sobre meus sonhos mais inquietos e meus desejos mais insanos.
Sou aquela bela flor que sobreviveu as mais duras e inescrupulosas tempestades e hoje luta ardentemente para continuar sua jornada pelos caminhos de um universo onde não existe começo, meio e fim.