A pedra
Não havia em nenhum lugar, outra pedra como essa.
Toda pedra é única, tudo é único!
E mesmo sendo idêntico, tal unicidade, não se perde.
Porque cá está, dois de um, e um de dois. Mas estão dois, mesmo que por um só se passe.
Também os quase infinitos grãos de areia. Também a água no mar.
Pois do que seria a areia, sem cada grão que a forma? E da água? Sem cada gota despejada?
E as moléculas? Sem cada ligação exata?
Pois então… A tal pedra me chamou a atenção. Mesmo sendo uma em um milhão.
Mas foi essa “uma”, em que experienciei a unidade em pensamento.
Então a catei do chão, a olhei por uns segundos.
Parecia uma criança, surpreendendo-me com uma pedra,
Como se fosse a coisa mais excepcional do mundo!
E, de certo modo, era... foi o estopim de uma reflexão, do quão é carismático, o apreciar de coisas simples em seu meio natural, de tal forma, como toda coisa se forma; e como cada um de tudo existe. Formando assim, tudo de tudo.
Após tal reflexão, pus a pedra no bolso, e continuei caminhando.
Imaginando o quão bom seria, se o cativar, fosse sempre uma surpresa, aos olhos de quem cativa.