A pedra

Não havia em nenhum lugar, outra pedra como essa.

Toda pedra é única, tudo é único!

E mesmo sendo idêntico, tal unicidade, não se perde.

Porque cá está, dois de um, e um de dois. Mas estão dois, mesmo que por um só se passe.

Também os quase infinitos grãos de areia. Também a água no mar.

Pois do que seria a areia, sem cada grão que a forma? E da água? Sem cada gota despejada?

E as moléculas? Sem cada ligação exata?

Pois então… A tal pedra me chamou a atenção. Mesmo sendo uma em um milhão.

Mas foi essa “uma”, em que experienciei a unidade em pensamento.

Então a catei do chão, a olhei por uns segundos.

Parecia uma criança, surpreendendo-me com uma pedra,

Como se fosse a coisa mais excepcional do mundo!

E, de certo modo, era... foi o estopim de uma reflexão, do quão é carismático, o apreciar de coisas simples em seu meio natural, de tal forma, como toda coisa se forma; e como cada um de tudo existe. Formando assim, tudo de tudo.

Após tal reflexão, pus a pedra no bolso, e continuei caminhando.

Imaginando o quão bom seria, se o cativar, fosse sempre uma surpresa, aos olhos de quem cativa.

Alvaro De Azevedo
Enviado por Alvaro De Azevedo em 10/08/2018
Código do texto: T6415710
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