PENSANDO NO AMOR (será possível?)
Da ideia que comigo guardo do que seja então o amor?
Ah, sei lá!
Quem sabe apenas uma lisérgica e doce ilusão do que não conheço
Ou de quem nele, pois criou... e assim acreditou
Ou talvez uma mentirosa brincadeira... entre os que se dizem amantes
Contudo, realmente não sei o que penso
Não sei mesmo!
Pensar no amor!
Ao meu entender seria tão somente distorcê-lo
Ao que não haveria no mundo do saber... maior absurdo
E assim, prefiro não pensar
Será mais sensato (ao que eu acho)
Amo as flores porque as acho belas... e isto, para mim, é tudo
Não vejo razão para saber por que as amo
Pura bobagem!
Quanto tempo perde alguém em querer entender porque ama!
E se existem amantes?
Pode ser!
As prostitutas não amam seus clientes (e isto é fato)
Visto que elas sabem que não são também amadas
Mas somente... usadas
Como elas igualmente os usam
Todavia, fingem amá-los
Pelo que também fingem eles em nelas crerem
Que são por elas amados
Quanta falsidade neste jogo!
Quanta mentira!
E depois da longa ou curta farsa do que se transou
Paga-se, finalmente, pelo programa com cartão de débito
E se despedem dizendo então um para o outro:
Foi bom, não foi?
E em seguida vão embora... juntamente com o amor
Que nem findou... já que nem mesmo começou...
Mas, e seria somente entre estes a não haver então o amor?
Oh, não com certeza!
Ao que su'ausência tanto se vê... entre os que também são casados!