Oficina
Fantasias, alegrias era só o que existia naquele lugar, mas ainda faltava algo para ficar completo. Ali tudo fora criado para atingir ideais e tudo se planejou de forma sonhadora para que fosse perfeito!
As ações conspiraram em favor do nosso vento, dos nossos desejos e aspirações. Os ares das dificuldades foram superados. Conseguimos sobreviver às duras penas. Noite e dia digladiaram entre si, raios e trovões foram nossos aliados. Não nos faltou suporte divino para nos dar a força necessária para enfrentarmos as enxurradas de acasos que precipitavam da densa nuvem dos boatos. Era tudo e mais um pouco, que desfilava pelas ruas naquele carnaval de máscaras e dilúvio que emanava das entranhas.
Inspirávamos atentos todo nosso talento de tal força soberana.
Como andarilhos, sem direção divagávamos. Uma fortaleza brotava dos nossos interiores, nos fazia transcender, tocar o céu, brincar com as estrelas, sorrir com a lua. Era tudo tão mágico!
Em momentos, não éramos nós. Será que nos metamorfoseamos, nos tornamos seres alados, cheios de sonhos e querenças inusitadas?
Não sabemos dizer, já que as palavras são incapazes de expressar toda a emoção sentida por cada ser que fazia parte daquele sonho planejado e abarrotado de esperanças de que tudo fosse perfeito.
A perfeição é imperfeita na originalidade das coisas, no âmago amargo das linhas (in)corretas. Uma crisalida, não é tudo o que se vê por fora; Espinhuda, seca, muda. Por dentro há um ente dolente, latente a explodir em voo de frases incubadas no calor de todo o EU.
Oficina de Criação Poética.