VÍCIO ABORTADO
Tenho teu ócio
Teu frio
Teu cio
Teu orifício
Sou teu vício
Teu hospício
Tenho teu ócio
Teu brio
Teu rio
Teu estio
Sou teu interstício...
Teu alimentício
Teu aurifício
Teu solstício
Teu vale do Silício
Teu sacrifício
Sou teu exercício
Sou teu fim e teu início...
Reinício
Amo estar dentro de tu reptício
Teu corpo disposício
Meu meretrício....
Adoentício
Profetício
Estarei dentro de você amanhã...
Quando a barriga da tua lua crescer
E eu já não estiver mais aqui
Terás me renascido
Diante daqueles
Que sempre quiseram optar
Por meu abortício...
Viverei sem ser fictício
O amor não precisa de rima
Assim como a lágrima perdida
Que escorre pela mulher amada
Nunca outra será a mesma
Pelos olhos vermelhos filtrada
Pois que a dor verdadeira de não tê-la
É a mesma que um cego
Sente ao ter que cruzar uma escada
Quando se perde um amor
Nada há nada que se exprima
Comprima o peito
Ar rarefeito
Caminho estreito...
Quando se perde um grande amor
Nunca mais enquanto deitares com outro sujeito
O leito será o mesmo...
Sabe porque? Não tem outro jeito!!!
O que escolhes é uma opção meio que a esmo
Entre a couve e o torresmo
E a outra é que tens que aceitar o famoso Prato Feito
E depois dar um baita arroto
Fingindo estar plenamente satisfeito.