VÍCIO ABORTADO

Tenho teu ócio

Teu frio

Teu cio

Teu orifício

Sou teu vício

Teu hospício

Tenho teu ócio

Teu brio

Teu rio

Teu estio

Sou teu interstício...

Teu alimentício

Teu aurifício

Teu solstício

Teu vale do Silício

Teu sacrifício

Sou teu exercício

Sou teu fim e teu início...

Reinício

Amo estar dentro de tu reptício

Teu corpo disposício

Meu meretrício....

Adoentício

Profetício

Estarei dentro de você amanhã...

Quando a barriga da tua lua crescer

E eu já não estiver mais aqui

Terás me renascido

Diante daqueles

Que sempre quiseram optar

Por meu abortício...

Viverei sem ser fictício

O amor não precisa de rima

Assim como a lágrima perdida

Que escorre pela mulher amada

Nunca outra será a mesma

Pelos olhos vermelhos filtrada

Pois que a dor verdadeira de não tê-la

É a mesma que um cego

Sente ao ter que cruzar uma escada

Quando se perde um amor

Nada há nada que se exprima

Comprima o peito

Ar rarefeito

Caminho estreito...

Quando se perde um grande amor

Nunca mais enquanto deitares com outro sujeito

O leito será o mesmo...

Sabe porque? Não tem outro jeito!!!

O que escolhes é uma opção meio que a esmo

Entre a couve e o torresmo

E a outra é que tens que aceitar o famoso Prato Feito

E depois dar um baita arroto

Fingindo estar plenamente satisfeito.

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 03/08/2018
Código do texto: T6408020
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