No sono da alma



Abriu a porta, a luz do tempo logo entrou,
Bem vinda claridade e o barulho da chuva...

                             Pronto..............
                             Cessou.

Terra molhada,
o olhar vai para além da estrada,
O verde das folhas, o orvalho que ora brilha.
Vento frio, vindo do quintal,
Movimentando
dos lençóis que parecem voar, no varal,
Impedidos,
presos aos pegadores, sofrem.

E os olhos querendo tudo,
da estrada dos seus sonhos,
O coração se entrega demais, não sabe ser metade.
A abelha que se joga sedenta sobre a flor...
Lembra certo alguém
quando sentiu o amor, restou-lhe o sono, e a vontade.

E o olhar passeia, desce das nuvens,
desejando a liberdade dos pássaros
que em alvoroço pousam nas pedras, cobertas
da leveza de relva.
Aqui comigo, só a saudade eu abraço,
E em minha alma tudo é uma desconhecida selva.


Liduina do Nascimento


 
Enviado por Liduina do Nascimento em 02/08/2018
Código do texto: T6407436
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