No sono da alma
Abriu a porta, a luz do tempo logo entrou,
Bem vinda claridade e o barulho da chuva...
Pronto..............
Cessou.
Terra molhada,
o olhar vai para além da estrada,
O verde das folhas, o orvalho que ora brilha.
Vento frio, vindo do quintal,
Movimentando
dos lençóis que parecem voar, no varal,
Impedidos,
presos aos pegadores, sofrem.
E os olhos querendo tudo,
da estrada dos seus sonhos,
O coração se entrega demais, não sabe ser metade.
A abelha que se joga sedenta sobre a flor...
Lembra certo alguém
quando sentiu o amor, restou-lhe o sono, e a vontade.
E o olhar passeia, desce das nuvens,
desejando a liberdade dos pássaros
que em alvoroço pousam nas pedras, cobertas
da leveza de relva.
Aqui comigo, só a saudade eu abraço,
E em minha alma tudo é uma desconhecida selva.
Liduina do Nascimento