O COCHILO DO SOL...

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...27 de julho de 2018,
Eis que aqui um dia triste
Algo esquisito, translúcido,
O dia que não nasceu direito
...já passando das oito...
Manhoso, choroso resiste
Molhado, apagado e sisudo
Ficando neste, este defeito.

Demos um tempo assim
Como quem nem se apercebeu
Quem sabe esteja vindo por aí
Um sol rompedor e estimulante
O fato, é que ninguém ainda
Sequer entendeu
Que já passa do meio dia
...nem sinal, do tal sol escaldante.

O dia parece sentir-se de fato
Derrotado e sozinho
Chora copioso com lágrimas
Em poeiras umedecidas
Ficou sem chão, sem razão
Cabisbaixo pelo longo caminho
Desolado que nem teve ao seu lado
Nuvens vadias e oferecidas.

Alguma explicação tem que ter
Para este enorme suplício
Alguém enganou o pobre dia 
Apagando o seu sol
 Mascarado por serração, neblinas
...até por chuviscos
Impedindo o calor da bola de fogo
...mais tarde a vinda de um arrebol.

Findou o seu tempo
Precisa deixar esta cena
Coitadinho,
Morrer, sendo que nem mesmo nasceu
Então vem á noite, a senhora escura,
Tranquila e serena
Pra cumprir os desígnios e mistérios
Do Nosso Poderoso e único Deus!