Sonhos dourados
 
          Todo este ocorrido numa sala de aula onde eu conversava com um ou dois amigos durante o intervalo. Enquanto, sabemos que todo mundo tem um amor na vida .
         _ você sabe aquela vontade de ser percebido por alguém que não te dá bola e quando olha faz jeitinho de nem mesmo estar aí?... Foi o que aconteceu esses dias comigo.  Eu acho até que ela imaginou, eu sendo o avô dela do que o seu tio dentro de uma sala de aula onde tem mais rapazes abonado do que tem moça cursando algum curso superior. Aquela mulher dentre seus trinta e poucos anos, beirando já os seus quase quarenta anos poderia muito bem sorrir que imaginar eu ser o seu avô. 
           Mesmo que seja evidente que para o amor, não tem idade.  Ele nasce a qualquer dia e a qualquer hora que possa entender como que uma terna amizade. Mas aquela de mais, ou menos metro e sessenta poderia ter muito mais do que ela tem para mim, se assim dela fosse esperado. Uma mulher morena, e muito bonita, parecendo assim Giselle Itiê, a bela Zipora, esposa de Moises, na série Os Dez Mandamentos. Era muito para o meu caminhãozinho um tanto quanto chinfrim.  Ela passou, e nem mesmo olhou para este que dentre tantos parece amado. Bem-amado. Revivi meus sonhos dourados.  Tipo aquele: que a gente sonha somente para si.  E não compartilha, porque poderá vir ser pecado. Se bem, que este passe depois da linha do Equador.