A Bunda Nossa de Cada Dia
A bunda siliconada;
A bunda cobiçada;
A bunda da amada;
A bunda engraçada;
A bunda obcecada;
A bunda dissimulada;
A bunda pornográfada;
A bunda repaginada;
A bunda sentada e relaxada;
A bunda mirrada ou o desbunde da desbundada;
A bunda que desfila, numa forma ritmada;
A bunda pontiaguda ou a bunda arredondada;
A bunda que por suas necessidades fisiológicas, também se senta numa privada;
A bunda cantada em verso e prosa e, por isso consagrada;
A bunda imponente que vai atraindo um monte de gente que passa apressada;
A bunda subestimada por debaixo de um uniforme, em que ninguém aposta nada;
A bunda perebenta, flácida ou com estrias que também é ignorada;
A bunda que nunca tomou umas palmadinhas, a tal bunda mimada;
A bunda fraldada;
A bunda qualificada literalmente como destaque, a tal bunda sofisticada;
A bunda desproporcional que vira motivo de piada;
A bunda incerta, ansiosa por uma plastificada;
A bunda oferecida e conhecida como degenerada;
A bunda dos sobe e desce das academias, a chamada bunda sarada;
A bunda que nos sufocos dos ônibus, dos trens, infelizmente, onde também é molestada;
A bunda adjetivada como nádegas, bumbum, glúteo, e por serem assim denominadas passam a ser respeitadas;
A bunda inevitável, que de uma maneira disfarçada não escapa à uma olhada;
A bunda que desfila nas piscinas ou nas praias, provocativas, despertando a ciumada;
A bunda empinada, deitada na areia em busca de uma pele bronzeada;
A bunda suja de areia, a bunda farofada;
A bunda explorada comercialmente e muito criticada;
A bunda da curiosidade acesa ou a bunda apagada;
A bunda temerosa, aquela que não passa nada na seringa, por que se meteu numa furada;
A bunda coreografada para todo mundo ver e por isso admirada;
A bunda que paga cofrinho pela calça arriada;
A bunda do vestidinho apertadinho e que fica empinada;
A bunda que não se pode olhar, a bunda respeitada;
A bunda que quando mergulha no mar também fica toda ondulada;
A bunda da dancinha da garrafa e que fica toda desengonçada;
A bunda por quem muitos homens também já saíram na porrada;
A bunda que não gosta de aparecer, a tal bunda recatada;
A bunda troféu, a tal bunda recompensada;
E por fim, a bunda sorridente de Carlos Drummond de Andrade, irmãs gêmeas e meio-enluaradas;
E, como tudo que abunda não prejudica, “Viva a Bunda”, mas vou parar por aqui, para a censura não me dar uma enrabada, Fui.....
A bunda siliconada;
A bunda cobiçada;
A bunda da amada;
A bunda engraçada;
A bunda obcecada;
A bunda dissimulada;
A bunda pornográfada;
A bunda repaginada;
A bunda sentada e relaxada;
A bunda mirrada ou o desbunde da desbundada;
A bunda que desfila, numa forma ritmada;
A bunda pontiaguda ou a bunda arredondada;
A bunda que por suas necessidades fisiológicas, também se senta numa privada;
A bunda cantada em verso e prosa e, por isso consagrada;
A bunda imponente que vai atraindo um monte de gente que passa apressada;
A bunda subestimada por debaixo de um uniforme, em que ninguém aposta nada;
A bunda perebenta, flácida ou com estrias que também é ignorada;
A bunda que nunca tomou umas palmadinhas, a tal bunda mimada;
A bunda fraldada;
A bunda qualificada literalmente como destaque, a tal bunda sofisticada;
A bunda desproporcional que vira motivo de piada;
A bunda incerta, ansiosa por uma plastificada;
A bunda oferecida e conhecida como degenerada;
A bunda dos sobe e desce das academias, a chamada bunda sarada;
A bunda que nos sufocos dos ônibus, dos trens, infelizmente, onde também é molestada;
A bunda adjetivada como nádegas, bumbum, glúteo, e por serem assim denominadas passam a ser respeitadas;
A bunda inevitável, que de uma maneira disfarçada não escapa à uma olhada;
A bunda que desfila nas piscinas ou nas praias, provocativas, despertando a ciumada;
A bunda empinada, deitada na areia em busca de uma pele bronzeada;
A bunda suja de areia, a bunda farofada;
A bunda explorada comercialmente e muito criticada;
A bunda da curiosidade acesa ou a bunda apagada;
A bunda temerosa, aquela que não passa nada na seringa, por que se meteu numa furada;
A bunda coreografada para todo mundo ver e por isso admirada;
A bunda que paga cofrinho pela calça arriada;
A bunda do vestidinho apertadinho e que fica empinada;
A bunda que não se pode olhar, a bunda respeitada;
A bunda que quando mergulha no mar também fica toda ondulada;
A bunda da dancinha da garrafa e que fica toda desengonçada;
A bunda por quem muitos homens também já saíram na porrada;
A bunda que não gosta de aparecer, a tal bunda recatada;
A bunda troféu, a tal bunda recompensada;
E por fim, a bunda sorridente de Carlos Drummond de Andrade, irmãs gêmeas e meio-enluaradas;
E, como tudo que abunda não prejudica, “Viva a Bunda”, mas vou parar por aqui, para a censura não me dar uma enrabada, Fui.....