Banalizamos despedidas

Eu acredito,

que quando eu voltar

Estará tudo igual, como eu gosto:

As tardes continuarão quentes e calmas

O meu amor felino em minha volta

Os meus pais, seres vivos

Como extensões do meu espelho

Zelando pelo meu sol

Por minha lua

Por minha alegria

Eu sempre rezo em silêncio

Eu penso, que não haverá sofrimento

Que os deixo e quando eu voltar, estarão como eu os deixei

É uma pequena distância

Eu sei

O meu mapa de amar não é grande

Mas eu sinto esta culpa

Que apesar de tudo, continuará tudo como está

O meu mundo como tem sido desde sempre

Um pouquinho melhor que antes

Um degrau mínimo à frente

Dois abaixo

Onde o passado é apenas um vento

fraco [constante]

cantando

chovendo